Refazimento
A lua nova vela purezas, sons naturais, canções de sacis, burburinhos do brejo e assovios da mata.
Cresce observando coisas, histórias de corujas, alianças de ouro nos gravetos-ninhos onde dorme a fé. A lua cresce em noites de caça aracnídia, no campo das aranhas tecedoras de sonhos.
Poderosamente sábia, suplanta testamentos, orna-se de majestosidade e desfila cheia de brancos mistérios.
Então, recolhe-se em minguante fingidez, num tapete de paz para ouvir silêncio enquanto macera segredos. Depois faz tudo igual.
Vanda Ferreira
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