terça-feira, 26 de novembro de 2013

VANDA FERREIRA RECEBERÁ HOMENAGEM




HOMENAGEM À LITERATURA REGIONAL
Como reconhecimento à excelência na produção de literatura genuinamente sul-mato-grossense, a Escola Estadual Maestro Frederico Libermann realizará o Sarau de homenagem à escritora sul-mato-grossense Vanda Ferreira, a Bugra Sarará.
As obras de autoria de Vanda Ferreira inspiraram a criação e realização do espetáculo que leva o mesmo titulo de seu nono livro solo: “PASSAGENS”.
Inusitados corredores poéticos, portais, e apresentações performáticas, prometem surpreender à homenageada e aos convidados.
Data: 28 de novembro
Local: E.E. Maestro Frederico Libermann
Endereço: Avenida Monte Castelo, próximo à Mascarenhas de Morais, no bairro Monte Castelo.
Contato com a Escola Estadual Maestro Frederico Libermann: 3356.1352

Contato com a escritora Vanda Ferreira: 9906.3336 



terça-feira, 8 de outubro de 2013

POR OCASIÃO DO DIA DAS CRIANÇAS 2013

Compartilho parte de minha obra inédita "GONGO", cujo trecho versa sobre a lúdica e saudável infância que alicerçou minha afetividade à natureza.





terça-feira, 17 de setembro de 2013

"DE POETA E LOUCO, TODO MUNDO TEM UM POUCO, EXCETO EU"

De poeta e louco,
Todo mundo tem um pouco, exceto eu.
Vanda Ferreira

  

Acredito que o famoso ditado do pensador Philippe Sotte: “De poeta e louco todo mundo tem um pouco”, foi adotado em todos os continentes e repetido por todas as gerações em discursos particulares e públicos.

Indiscutível que todos temos, mesmo, pelo menos uma dose particular de poeta. Também acredito que todo mundo tem uma especial reserva de loucura, para uso específico em inusitadas situações.

Bastam experiências profundas, para que o veio poético aflore e a poesia salte dos olhos, pinte em um texto de carta ou de mensagem, ou seja soprada numa prosa triste ou alegre.

Basta a expressão de amor sentido, um canto motivado por paixão, um desapego ou chamego, um exagero qualquer, para extravazar a mesmice e sangrar a especial porção da reserva que jorra o inédito, o inesperado, o surpreendente estado de graça rotulado de “loucura”. E, assim, por meio do advir de um novo ritmo, ou surgimento de um inédito tom ou nuance, expedem atestados de loucura.

Sim, é verdade! Todo mundo tem um pouco de poeta e de louco. Exceto eu que muito tenho de poeta e de louco.

Sou desvairada por palavras, por sombras solares e conjunturas celestiais. Tenho dose exagerada de loucura para experimentar chuva, escutar silêncio, ouvir cigarras, fugir da mesmice, driblar arapuás, e caçar ideias em beira rio, em lenha queimando, em nuvens de questionamentos. Sou doidamente apaixonada por formas, movimentos, folhas secas, vento, bichos, árvores, cores...

Pulso sagrada desobediência. Inquietação física que produz lentes especiais para desvendar teias construídas nas noites de famintos forasteiros maquiavélicos.

Alimento o banco de minhocas com as supervitaminas do barro, santifico árvores, idolatro pedras e outros elementos. Leio raízes, brechas de luz, cicatrizes da terra.

Poetar é experiência dos olhos, do coração e da pele. Poetar é releituralizar vestígios, é abrir feridas, sedar dores, roteirizar tatuagens, viver a nudez da realidade.

E cuido loucamente da saúde de minha doidura. Asseio o coração, faxino o cérebro, assopro feridas e organizo o cerne em posição vertical para alcançar as lonjuras de amanhã.


Sou um perigo malicioso, invisto em sonhos e construo importâncias com versos e prosas malucas. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Poema "O caminho da paz é campestre"

O caminho da paz é campestre
Vanda Ferreira

Garças brancas revoam silêncio azul.
Enormes dentes jacarezenses tomam vento;
Rimados versos da natureza fervilham na fingidez fluvial;

Árvores entoam úmidas canções,
aves trinam em alegria sustenida
para perpetuar praia-de-bichos,
passeio de murmurinhos,
espetacular balé da mata.

Rastejam poemas,
seivadas serpentes,
- encorpadas enxurradas tingidas de por-de-sol - 

Tatuagens na liberdade nua da terra
mapeaiam dançante capinzal de pés de luxo.

Ecos matutos, ecologicamente corretos,
Protegem segredos do seco-mar encharcado de poder.

Roncos de bugios rasgam os perigos noturnos
das aloiradas madrugadas pantaneiras,
esconderijo do útero da terra.

Lambeção milagrosa refaz sucumbida morte,
valente desejo de semente processa desfolhamento
para nutrir embriões fecundados ao som de poéticos uivos Guarás.

Sábia natureza
Redondamente enquadra
inverno, primavera, verão e outono,
Aliança nuvens carregadas de mensagens.

Vida beijada por beija-flores,
perfuma versos,
tinge de verde-esperança,
rima coração e canção,
passarinho e ninho;
alegria, cantoria, folia, formação de família.
Celestialidade poesia, seja noite, seja dia.

Luas hipnóticas, cheias de mistérios,
Corujas, grilos, cigarras,
anfíbios com chocalhos na garganta,
cantata para a entrada, não solitária, da noite,
onde o entardecer rumina roteiro,
Processa comunicação,
esturros dos cílios da mata.

Cisma grafia de onça, pinta Jaguatirica

Caminho matuto, Tatu, Tamanduá,
inescrupulosidade brejeira na estação de Sucuris,
tuiuiús, bagres e olhos d’água.

Lenta mastigação de sabores,
fartura de suculências,
delícias na digestão campestre.

Verdejante felicidade borboleteia
no profundo estômago da menina dos olhos do mato.

domingo, 4 de agosto de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

OUTONO



OUTONO

Folhas secas correm tipo coelhos,
Leves ,
sem pecados,
almas do verde.

Folhas secas soam tipo cachoeira,
cascata que zumbe arco-íris em anéis de vento,
olhares do pensamento.

Folhas secas correm,
Saltam as abertas bocas de terra;
Fogem dos pés dos homens,
dos bicos dos passarinhos,
das garras-tramas de raízes arvorais.

Folhas secas seguem para o certo mar de carência,
serão imprensadas pelo abraço da fome
de profunda cova escavada pela força das águas das chuvas.

Prensadas pela sabedoria
folhas secas renascem seres vivos,
seres flores, seres frutas, seres verdes.

Vanda Ferreira


quarta-feira, 22 de maio de 2013

O ANTES E O DEPOIS


O antes e o depois

 O depois vem após o antes, é claro, é óbvio, naturalmente que sim. Mas, apesar da clareza, este entendimento é de suprema reflexão, em especial sob dois aspectos: o “antes” e o “depois”. Isto não é brincadeira; não é tão simples quanto parece, aliás, entendo que é de uma complexidade, há tramas implícitas, uns quês estremecidos nas profundezas de nossas ignorâncias.
 O antes é todo o processo construtivo. O período de investimento, do cultivo, do plantio. Entendo que o antes é o alicerce do depois. O antes é um período oportuno, é a chance, a chave, o parto. O antes requer detalhes, investimentos, estratégias. Não basta plantar. É necessário adubar, regar, macerar, orar, rogar, e, sobretudo, extirpar as ervas daninhas, os elementos venenosos, para garantir o sucesso e a realização de propostas que acontecem na fase propícia para o investimento no “depois”.  Durante o antes sonhamos, projetamos, programamos, imaginamos, vislumbramos.
 O “depois” é a safra, a colheita, o consumo, o deleite. Toda a realidade está no depois. Diremos que o depois é desconhecido, incerto, talvez previsível. No entanto, apesar de esforços, programação, sensatez e sabedoria, o “depois” poderá surpreender por motivos totalmente alheios à proposta do antes.  
 Foquemos o antes nos preparando para o depois, para o período subsequente que é o depois. Nos prepararmos é envolvente, é massacrante, é contorcionante, é excitante, e especialmente preventivo.
É exatamente no período chamado antes que elevamos nossas antenas, nossa sensibilidade, nossa fé, e enlevamos-nos com a tal esperança.
 É no antes que tomamos o combustível, que alimentamos a despensa, e produzimos a reserva para os potes de beber, porque o depois poderá sofrer interferências e nos flagrar com surpresas agradáveis ou indesejáveis.
 O segredo é aliançar-se ao antes e ao depois. Somos a liga, ou o desande. Até que venha o depois que é o antes do próximo depois do futuro antes.

domingo, 12 de maio de 2013

Festival Internacional da Palavra em MS

Vanda Ferreira participou do Festival Internacional da Palavra em Mato Grosso do Sul, com o tema "A palavra e o Meio ambiente" no dia 10 de maio de 2013 no anfiteatro do CEPEF.