Andança
Meu rastro imprime lembranças; Andança pelos tortuosos caminhos, ladrilhados por micros-punhais
que pirograficaram-me a sola dos pés. Trilhas rumo à luz; demoradas e agonizantes pausas
em grutas de pedras habitadas por serpentes. No vale do inferno, longa caminhada, fugitiva das maldades.
Hoje meu rastro imprime gratidão, desenhos de gloriosa fé.
Vanda Ferreira
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Setembro
Ouço o cochicho da chuva mansa;
cócega em meu coração
para pulsar sorrisos curtos, longos, escancarados.
Aconchega gratidão na paz encontrada
em mim-encantada de verdades importantes.
Contida felicidade de Joana
porque senhor João farta-se;
Barro para a construção do lar.
Vanda Ferreira
cócega em meu coração
para pulsar sorrisos curtos, longos, escancarados.
Aconchega gratidão na paz encontrada
em mim-encantada de verdades importantes.
Contida felicidade de Joana
porque senhor João farta-se;
Barro para a construção do lar.
Vanda Ferreira
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Umidade genuina
Chuva lava saudade,
alivia ardências,
encharca desejos,
aduba alegria;
Ressoa telhado,
alquimia de barro,
bronze zumbindo em dedos d'água.
Chuva instala umidade,
inunda a fé no mar aos pés de pomares, jardins e hortas.
No coração da terra pulsa promessas,
sagra futuro,
raiar de plenitudes.
Amanhecerá farturas.
Vanda Ferreira
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Prosa sinestésica
À minha frente, com os pés descalços, cravados na margem de areia, estava ele totalmente nú; Braços abertos, coração exposto, orelhas escancaradas, olhos voltados para o sagrado. Juntei-me ao acolhedor colo; Abraçados pelo vento, ouvimos sal espumando, uivos e sussurros, enquanto zumbia maresia. A nudez se desfez. Tingimento do sol tatuou o encontro das meninas de meus olhos com o banco solitário .
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